O Museu do Ouro foi criado como instituição pública federal. Portanto, de alcance nacional e sempre vinculado à s principais instituições de preservação do patrimônio no paÃs.
Em 1946, quando o Museu é inaugurado, ele nasce vinculado ao Serviço do Patrimônio Histórico e ArtÃstico Nacional – SPHAN, que naquele mesmo ano passa a se chamar: Departamento do Patrimônio Histórico e ArtÃstico Nacional – DPHAN.
O SPHAN fora criado por Rodrigo Melo Franco em 1937, com o Decreto-Lei nº25, a partir de um anteprojeto concebido por Mário de Andrade em 1936. Nesse primeiro momento, o órgão buscava caracterizar a ideia de nação no paÃs.
No anteprojeto de Mario de Andrade, os museus eram vistos como “agências educativas”, e de certa maneira o SPHAN concretiza essa ideia quando cria os museus regionais na sua primeira década. Nesse contexto é que o Museu do Ouro é concebido.
Em 1970 o DPHAN enfim se transforma no Instituto do Patrimônio Histórico e ArtÃstico Nacional – IPHAN. Já em 1979, inicia-se a “fase moderna”. O IPHAN se funde com outras iniciativas e uma nova estrutura é criada: a Secretaria do Patrimônio Histórico e ArtÃstico Nacional – SPHAN, como órgão normativo; e a Fundação Nacional Pró-Memória – FNpM, como órgão executivo dessa polÃtica.
Em 1990, há uma reconfiguração em todos os segmentos da área cultural do paÃs. Então é criado o Instituto Brasileiro do Patrimônio Cultural – IBPC. Em 1994 o IBPC é extinto e o IPHAN é recriado.
Os museus federais, dentre eles o Museu do Ouro, assim seguem vinculados ao IPHAN até 2009. Nesse ano, é criada uma estrutura especÃfica para gerir a PolÃtica Nacional dos Museus. Nesse cenário surge o Instituto Brasileiro de Museus – IBRAM, criado pela Lei Federal nº11.906/09.
Ao longo de sua trajetória, o Museu do Ouro sempre atuou como braço das polÃticas públicas dessas instituições, dessa forma, entender a trajetória dessas instituições também é uma forma de registrar o percurso do Museu do Ouro.
Referência:
FONSECA, Maria CecÃlia Londres. O Patrimônio em Processo: trajetória da polÃtica federal de preservação no Brasil. 3 Ed. Rev. e ampl. Rio de Janeiro: Editora UFRJ, 2009