Instituto Brasileiro de Museus

Museu do Ouro

Série Momentos – O museu e suas vinculações institucionais

publicado: 30/07/2021 16h06, última modificação: 30/07/2021 16h06

O Museu do Ouro foi criado como instituição pública federal. Portanto, de alcance nacional e sempre vinculado às principais instituições de preservação do patrimônio no país.

Em 1946, quando o Museu é inaugurado, ele nasce vinculado ao Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – SPHAN, que naquele mesmo ano passa a se chamar: Departamento do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – DPHAN.

O SPHAN fora criado por Rodrigo Melo Franco em 1937, com o Decreto-Lei nº25, a partir de um anteprojeto concebido por Mário de Andrade em 1936. Nesse primeiro momento, o órgão buscava caracterizar a ideia de nação no país.

No anteprojeto de Mario de Andrade, os museus eram vistos como “agências educativas”, e de certa maneira o SPHAN concretiza essa ideia quando cria os museus regionais na sua primeira década. Nesse contexto é que o Museu do Ouro é concebido.

Em 1970 o DPHAN enfim se transforma no Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN. Já em 1979, inicia-se a “fase moderna”. O IPHAN se funde com outras iniciativas e uma nova estrutura é criada: a Secretaria do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – SPHAN, como órgão normativo; e a Fundação Nacional Pró-Memória – FNpM, como órgão executivo dessa política.

Em 1990, há uma reconfiguração em todos os segmentos da área cultural do país. Então é criado o Instituto Brasileiro do Patrimônio Cultural – IBPC. Em 1994 o IBPC é extinto e o IPHAN é recriado.

Os museus federais, dentre eles o Museu do Ouro, assim seguem vinculados ao IPHAN até 2009. Nesse ano, é criada uma estrutura específica para gerir a Política Nacional dos Museus. Nesse cenário surge o Instituto Brasileiro de Museus – IBRAM, criado pela Lei Federal nº11.906/09.

Ao longo de sua trajetória, o Museu do Ouro sempre atuou como braço das políticas públicas dessas instituições, dessa forma, entender a trajetória dessas instituições também é uma forma de registrar o percurso do Museu do Ouro.


Referência:
FONSECA, Maria Cecília Londres. O Patrimônio em Processo: trajetória da política federal de preservação no Brasil. 3 Ed. Rev. e ampl. Rio de Janeiro: Editora UFRJ, 2009