Instituto Brasileiro de Museus

Museu do Ouro

Série Momentos – Arquivo Casa Borba Gato: A Ordem dos Bandeirantes

publicado: 26/07/2021 15h00, última modificação: 26/07/2021 15h00

O Museu do Ouro possui acervo arquivístico de importância fundamental para a história de Minas Gerais. Nas décadas de 1940 e 1950, o Museu adquiriu um valioso acervo do Cartório do Primeiro Oficio-CPO, de Sabará, com documentos da antiga Comarca do Rio das Velhas, entre testamentos, livros de notas, correspondências, decretos, etc. recolhidos em uma sala da antiga Intendência, sendo catalogado e colocado à disposição para pesquisa.

A partir dos anos 1980, visando ampliar o processo de preservação memorial, a instituição recolheu documentos de outros cartórios da cidade, além de receber interessante documentação eclesiástica, aumentando consideravelmente o acervo, o que obrigou o Museu a transferi-lo para a Casa Borba Gato.

Nessa mesma época, a Direção do Museu foi informada da existência de um enorme acervo arquivístico, de origem desconhecida, encontrado em uma casa na localidade de Quinta do Sumidouro, Distrito de Fidalgo, em Pedro Leopoldo. A documentação estava submetida ao abandono e aos azares do tempo, sob a responsabilidade de alguns historiadores mineiros, que criaram uma organização, denominada por eles como Ordem dos Bandeirantes, para administrar e pesquisar este acervo monumental.

O Museu, com a colaboração da Prefeitura, conseguiu, emergencialmente, a transferência, lotando a carroceria de um caminhão de madeira, com centenas de pacotes de documentos, cujo transporte de Fidalgo à Sabará foi feito debaixo de chuva torrencial, com o material coberto por uma lona preta.

Ao chegar na Casa Borba Gato, ainda debaixo de chuva, com a participação de alguns dedicados funcionários do Museu e voluntários, o importante material foi descarregado, sendo posteriormente submetido a um serviço emergencial de limpeza, acondicionamento e pesquisa para a sua parcial identificação, inclusive com a descoberta de peças filatélicas inéditas dos séculos XIX e XX. Vale lembrar que até o momento não foi explicado como os documentos foram parar na Quinta do Sumidouro e por que foram abandonados. Fica aí, esse “mistério” da Ordem dos Bandeirantes.

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Equipe de Curadoria:
Isabella Menezes/ Jezulino Braga/ José Bouzas / Leonardo Paternost/ Matheus Orlando/ Paulo Nascimento
Comunicação visual: Andréia Figueredo
Revisão de texto: Márcia Rocha